Em 1965, ingressa na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), depois de desistir do vestibular para arquitetura. Gradua-se em 1968, e torna-se professora de desenho nessa mesma Escola entre 1969 e 1977. Durante a graduação, inaugura sua participação em exposições coletivas. Reside em Olinda, de 1978 a 1989. Nesta cidade, integra a Oficina Guaianases de Gravura, criada em 1974, um dos movimentos artísticos mais significativos e duradouros do estado de Pernambuco. Nesse período, participa de diversas mostras de gravura. Retorna a Belo Horizonte em 1989, onde leciona litografia na Escola Guignard entre 1990 e 1997.
No início da carreira artística de Liliane Dardot, é perceptível a busca por um engajamento político em suas obras, aliada à indagação a respeito de quais formas artísticas esse engajamento poderia assumir. Exemplo disso é Hora de Brasília, de 1977, obra realizada com aguadas de tinta acrílica e lápis de cor sobre papel. A professora e artista plástica Maria do Carmo de Freitas Veneroso observa: "A jovem artista Liliane Dardot via-se às voltas com uma contradição que julgava perceber em seu trabalho: ao mesmo tempo em que ela se encantava com o ato de desenhar, e suas produções estavam ligadas a um fazer muito pessoal que explorava sua própria intimidade psicológica, as linguagens artísticas tradicionais - entre elas o desenho - eram questionadas pelas vanguardas, e ela própria se colocava a necessidade de produzir obras com um viés político". Tais questões levaram a artista a refletir também sobre o institucional e o não-institucional no ensino da arte. Dardot ensina desenho na Escola de Belas Artes da UFMG, entre 1969 e 1977, ano em que se muda para Olinda. Prossegue com a pintura, mas também desenvolve sua produção em litografia na Oficina Guaianases, criada e gerida de forma independente por artistas locais. Exemplos desse período são as litografias O Risco do Bordado, de 1981, e Urucum-safrão, de 1984. Quando volta a residir em Belo Horizonte, em 1989, Dardot retoma a ênfase na pintura, desenvolvendo pesquisa voltada a elementos vegetais da flora local. Ao mesmo tempo, trabalha com desenho e com novos espaços expositivos, criando obras in situ, como Por Fundo de Todos os Matos, Amém!, de 2005, realizada em ruas de Cordisburgo, Minas Gerais.