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Eduardo Sued

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Currículo

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(Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1925). Pintor, gravador, ilustrador, desenhista, vitralista, professor. As pinturas e gravuras de Eduardo Sued exploram a espacialidade e as formas geométricas com cuidadosa composição cromática.  

Antes de seguir a carreira artística, frequenta a Escola Nacional de Engenharia do Rio de Janeiro entre 1946 e 1948.  Em 1949, inicia formação como artista plástico no curso livre de pintura e desenho do pintor alemão Henrique Boese (1897-1982). Entre 1950 e 1951, trabalha como desenhista no escritório do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012)

Com o dinheiro da venda de algumas aquarelas, parte para Paris, onde frequenta as academias La Grande Chaumière e Julian. Nos anos em que vive na capital francesa, entra em contato com as obras dos espanhóis Pablo Picasso (1881-1973) e Joan Miró (1893-1983), e dos franceses Henri Matisse (1869-1954) e Georges Braque (1882-1963). Retorna ao Rio de Janeiro em 1953 e frequenta o ateliê de Iberê Camargo (1914-1994) para estudar gravura em metal, tornando-se mais tarde seu assistente.

Sued acredita na pintura como fazer intelectual, solitário e meditativo. Por isso, aquele que, na visão do crítico Ronaldo Brito (1949), "é o grande desinibidor das linguagens abstratas, de origem construtiva, na pintura moderna brasileira”1 não participa ativamente de nenhum movimento, mantendo-se ao largo das disputas travadas entre concretos e neoconcretos nos anos 1950 e também das discussões sobre a nova figuração dos 1960. Sua poética abstrata se forma pouco a pouco, em diálogo constante com a tradição da pintura moderna internacional e brasileira.

Em 1956 inicia a carreira de professor e leciona desenho e pintura na Escolinha de Arte do Brasil. De 1958 a 1963, ministra aulas de desenho, pintura e gravura na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo. Em 1964, volta a morar no Rio de Janeiro e publica o álbum de águas-fortes 25 Gravuras. A partir de meados da década de 1960, o interesse por grandes áreas cromáticas e a busca por mais plasticidade levam o artista a se dedicar de forma cada vez mais exclusiva à pintura.

A conquista da dimensão pública é apontada como a maior contribuição de Sued à pintura brasileira. Em seus trabalhos, observa-se a superação do caráter intimista que perpassa a obra de alguns de nossos melhores pintores modernos, como Alfredo Volpi (1896-1988) e Milton Dacosta (1915-1988), por exemplo. Sued rompe com a cor local de vestígios figurativos, com o clima rememorativo e pessoal pelo qual é marcado o uso de elementos geométricos daqueles artistas.

 

Obras