Carlos Bracher
Carlos Bernardo Bracher (Juiz de Fora MG 1940) é filho do professor e compositor Waldemar Bracher e tem dois irmãos pintores, Décio e Nívea. Aos 13 anos, começa a pintar vasos e pratos na fábrica de louças de seu pai. Freqüenta a Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras, em Juiz de Fora, por volta de 1957. Entre 1965 e 1966, em Belo Horizonte, estuda composição e análise crítica com Fayga Ostrower e história da arte com Frederico Morais, na Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG.
Aprende técnicas
de mural e de mosaico com Inimá de Paula, na Escola Municipal de Belas Artes,
em Belo Horzonte, e tem aulas com Orlandinho Seitas Fernandes sobre barroco
mineiro. Em 1967 recebe o Prêmio Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Belas
Artes do Rio de Janeiro e vai à Europa estudar pintura, permanecendo por um ano
e meio em Paris e seis meses em Lisboa, onde estuda a obra de Almada Negreiros
e de Fernando Pessoa.
Fez temporada de
pintura na cidade de Monsaraz, no Alentejo. Esta série foi exposta no Palácio
Foz de Lisboa e no Museu de Évora, com apresentação de Otto Lara Resende.
Percorre onze países europeus e visita os Estados Unidos. Em 1968, ganha o
Prêmio Revelação do Ano, concedido pelo Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
Retorna ao Brasil
em dezembro de 1970, e a partir de fevereiro de 1971 fixa residência em Ouro
Preto MG, empreendendo e desenvolvendo várias fases de seu trabalho. Com grande
intensidade, a partir de 1971 expõe em inúmeras galerias e museus do país. É
premiado com o Hilton de Pintura, prêmio concedido pela Funarte aos dez
artistas que mais se destacaram no Brasil, na década de 70, junto com Tomie
Ohtake, Siron Franco e Cláudio Tozzi.
Com o título de
Pintuta Sempre e curadoria de Olívio Tavares de Araujo, em 1989 é realizada uma
retrospectiva no MASP de São Paulo, MAC de Curitiba, Museu Nacional de Belas
Artes do Rio de Janeiro, Palácio das Artes de Belo Horizonte e no Teatro
Nacional de Brasília entre outras cidades. No ano seguinte, pinta 100 quadros
em homenagem ao centenário da morte de Van Gogh, cujos quadros foram expostos
no Brasil, e cidades do exterior como Paris, Auvers-sur-Oise, Londres,
Rotterdan, Tóquio, Pequim e Bogotá. Outras fases de seu trabalho foram
mostradas em exposições individuais em Roma, Milão, Madri, Haia, Miami,
Santiago do Chile e Assunção. Foram editados quadro livros sobre sua obra:
"Bracher" (considerado o melhor de livro de arte de 1989 pela SPCA);
"Homenagem a Van Gogh"; "Bracher - do Ouro ao Aço";
"Carlos Bracher: da Mineração da Alma".
Sua obra ainda
integra mais de 20 livros de arte. Foram produzidos dezenas de vídeos e
documentários sobre sua vida e obra. Carlos é casado com a artista plástica
Fani Bracher e têm duas filhas: Blima (jornalista) e Larissa (atriz).
1968 - Rio de
Janeiro RJ - Ganha o prêmio Revelação do Ano pelo Jornal do Brasil.
1987 - Belo
Horizonte MG - É lançado o Suplemento Literário Carlos Bracher - A Epifania do
Ser (Trinta Anos de Pintura), na Arte Galeria.
1989 - s.l. - É
editado pela Editora Métron, o livro Bracher, considerado o melhor livro de
arte do ano pela APCA.
1989 - Realiza a
retrospectiva Pintura Sempre, comemorando 30 anos de trabalho.
1990 /1992 - Para
comemorar o centenário da morte do pintor Van Gogh, resolve pintar uma série de
100 quadros intitulada Homenagem a Van Gogh, e os expõe em diversas galerias no
Brasil e no exterior.